20100223

Conheçam Kurt Sonnenfeld...

O que mãe Jones nos ensina

20100221

Dona Xepa

Há 30 anos era esta a telenovela que fazia parar Portugal. Havia dois canais apenas... Saudades...











P.S. Por favor, será que alguém me poderia esclarecer sobre uma memória que tenho bem presente, mas que não recordo de que telenovela era: Há uma cena onde um personagem quer ser escritor e consegue publicar um livro - tenho quase a certeza que o actor era o Fábio Júnior. O livro esgota e ele fica radiante, até que um dia descobre que, afinal, quem comprara toda a edição fora a sua pobre mãe. E ele apercebe-se disso, num momento dramático, quando encontra uma sala cheia de livros seus que a mãe escondera... Sempre pensei que esta cena fosse da "Dona Xepa", mas o Fábio Júnior não entra nesta novela. Em que novela é que isto se passou? Alguém se lembra? Respostas para e-mail paramimtantofaz@gmail.com ou caixa de comentário. Obrigado.

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20100219

Homens que são cabras

Há pequeníssimas coisas, aparentemente sem importância alguma, mas que me aborrecem. Uma delas são as traduções dos títulos dos filmes que, por vezes, quando não seguem a linha original, inventam um título completamente novo. Há exemplos de títulos em português que se tornaram em casos clássicos de melhor título que o original como, por exemplo, "Música no Coração", bem melhor do que seria "O Som da Música". Contudo, há títulos tão básicos e facilmente traduzíveis de inglês para português, que nem sequer valem a pena perder tempo a olhar para eles e pensar. Basta traduzir e pronto. Esse é o caso do título do filme "The Men Who Stare at Goats", ou seja, "Os Homens que Olham Fixamente para Cabras"...



Mas não. Os senhores que olham para títulos de filmes acharam que o público português não iria ter a inteligência suficiente para perceber que tipo de filme seria esse - apesar de ter um elenco de peso que valeria qualquer título, como George Clooney, Jeff Bridges, Ewan McGregor, Kevin Spacey e a cabra.
Vai daí, ao contrário, por exemplo, da tradução espanhola...



Os "inteligentes" resolveram explicar por que raio de razão é que os tais homens olhavam para as cabras!...



Chateia-me que haja passoas neste país que são pagas para pensar que os portugueses são pessoas ignorantes, estúpidas e sem capacidade de raciocínio.

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20100216

O "Padrinho"

Se alguém estiver interessado, recebi há dias uma "dica" que deixo aqui à consideração dos jornalistas que estão a seguir de perto a história da "Face Oculta": Mário Lino terá sido padrinho de baptismo de Rui Pedro Soares...

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Vítor Constâncio, que alegadamente recebia em 1975 o dinheiro da CIA para o PS, é hoje o vice-presidente do BCE



Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal e ex-líder do PS, foi eleito vice-presidente do Banco Central Europeu e a "Imprensa destaca 'prestígio' e 'reputação' de Constâncio". Quanto a mim, gostaria de, neste momento de festa para o ex-governante português, recordar a Imprensa portuguesa de 1975, nomeadamente um artigo do vespertino "A Capital" do dia 3 de Março, nove dias antes do golpe do 11 de Março, e que citei num artigo que escrevi há uns tempos:



Retirado daqui.

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20100215

Lembrar 87

20100214

"Meanwhile" em Terras de Sua Majestade...

Com as devidas diferenças...

20100213

Em defesa do juiz Mau

Tenho evitado comentar o actual estado de espírito da Nação. Já vi este filme e sei qual é o objectivo que se pretende atingir: eleições antecipadas. Tenho pena da manipulação pública que está a ser feita em nome da "Liberdade de Expressão" e o desrespeito da palavra "Justiça", cujo conceito é cada vez mais difícil de entender. O nosso Nobel da Literatura, José Saramago, a propósito de um texto em defesa do juiz Baltasar Garzón, hoje publicado no diário espanhol "El País", lembrou a pintura que existe na aldeia alentejana de Monsaraz onde estão representados o juiz Bom e o juiz Mau. O "Bom" é imaculado, o "Mau" tem duas faces. São esses seres de duas faces que me incomodam, mas é com eles que temos de conviver. Não acredito que existam pessoas genuinamente boas, mas também não creio que haja pessoas genuinamente más. Acredito que Armando Vara e José Sócrates, e até mesmo o empresário Joaquim Oliveira, em privado, são seres humanos com compaixão, emocionam-se e, conscientes do poder social que têm, devem mesmo querer melhorar a vida de muitos dos seus concidadãos anónimos. Também acredito que outros políticos defensores dos direitos dos trabalhadores e dos oprimidos, quando podem, comem caviar e mandam entregar em casa compras pagas com cartões de crédito dourados, benefícios pessoais que urge manter a todo custo. Mesmo à custa daqueles que dizem defender. Já tenho idade suficiente para saber que ninguém se vai atravessar por mim quando estiver na penúria por não ter mais nenhum espaço onde escrever e ganhar a vida como jornalista. Sei que só dependo de mim mesmo e daquilo que conseguir fazer. Já não sou um "jornalista novo", no entanto também não sou conhecido por fazer "fretes". Posso ser, contudo, como o "juiz Mau" e ter duas caras. Mas, pelo menos, uma delas é capaz de ser boa. Agora, imaculado, ninguém pode dizer em consciência que o é. E assumir isto, é um bom ponto de partida para melhorar muita coisa.

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20100212

Nem por sombras...

20100209

Mas, afinal ainda não se habituaram?

O que o PS está a fazer no jornalismo não deveria ser surpresa para ninguém. Afinal, o PS está a ser coerente com aquilo que avisou que iria fazer no dia em que José Sócrates conquistou a maioria absoluta de 2005 e que até ficou resumido numa expressão de António Vitorino dirigida aos jornalistas: "Habituem-se!". Quem se enganou foi Paquete de Oliveira, que achou que iria ser o contrário...

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20100206

A manipulação dos manipuláveis

Não me chateia que José Sócrates queira "financiar a campanha com dinheiro de empresas públicas e controlar a comunicação social". Está no seu direito democrático de o tentar fazer. É uma opção de vida. O que me chateia é o facto de haver uns quantos profissionais - em vários sectores - que estão dispostos a ajudar. Sozinho é que ele não seria capaz.

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20100205

Meet William Cooper...

20100204

Pequena contribuição para a história da censura em Portugal

Para mim, o "caso Mário Crespo" não é novidade. Conheci Mário Crespo há cerca de 10 anos, em Outubro de 1999, quando ele estava na "prateleira" do canal do Estado, RTP. Nessa altura, como repórter do "Tal&Qual", andava eu a investigar alguns detalhes de um caso que estava a causar polémica nos EUA e que envolvia um importante político norte-americano e luso-descendente, Tony Coelho, então chefe da campanha da candidatura presidencial de Al Gore. Coelho estava envolvido numa investigação devido
às suspeitas de esbajamento de dinheiros públicos durante a altura tempo em que esteve em Lisboa como chefe da delegação dos EUA na Expo98...



Soube então que, Mário Crespo, ex-correspondente da RTP em Washington, fizera uma reportagem sobre a figura de Tony Coelho, em 1996, na altura em que o político luso-descendente fora nomeado para representar os EUA em Lisboa, onde recordou escândalos passados onde Coelho estivera envolvido. Uma reportagem para a qual Crespo entrevistou algumas personalidades políticas portuguesas que passaram pelos EUA nessa altura, mas que se mostraram muito incomodadas com as perguntas do jornalista, sobretudo o então ministro socialista António Vitorino. Vai daí, escrevi esta reportagem...




Algum tempo depois desta reportagem, Mário Crespo foi contratado para a SIC e, um ano mais tarde, em Outubro de 2000, o "T&Q" relembrou o caso e acrescentou mais informações...

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Quantos dias...

... faltam para Abril?

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20100201

"O Petróleo é nosso!"

Regeneração do regime democrático

O apelo:

"Bisneto, neto e filho de resistentes à monarquia e ao Estado Novo, Artur Santos Silva, presidente da Comissão do Centenário da República, realçou 'a necessidade de lutar por uma República moderna, mais eficiente e ainda mais democrática'. Para isso, lembrou, 'necessitamos, sempre e sempre, de instituições democráticas mais fortes, mais adequadas ao nosso tempo'. E de 'um programa de mudança que tem de se traduzir não apenas na renovação, mas também na regeneração do regime democrático'"

A contribuição:

"Nós, cidadãos portugueses em plena posse dos nossos direitos cívicos, conscientes de que se celebra a 5 de Outubro de 2010 o Centenário da Implantação da República em Portugal e tendo em conta que o simbolismo da data justifica as celebrações previstas, pretendemos também fazer notar que tal evocação não estará completa se não for acompanhada de uma discussão sobre a legitimidade e os efeitos da implantação desse regime.
De facto, a actual redacção do artigo 288.º, alínea b), da Constituição da República Portuguesa constitui uma diminuição intolerável da democracia ao impor, como única forma de governo, o republicanismo.
É que a democracia, enquanto componente fundamental e intrínseca de um Estado de direito, não se confina à forma republicana de governo.
Com efeito, o republicanismo não é a única forma de democracia. A democracia admite outras formas de governo, como seja a monarquia. Tanto assim é que há, até no contexto europeu onde Portugal se insere, estados de direito democráticos onde vigora a monarquia.
Nesta senda, restringir a forma de governo ao governo republicano é diminuir a qualidade da democracia e é condicionar a liberdade de escolha dos cidadãos.
Para obstar a esta situação e com vista ao reforço da democracia, propõe-se com a presente iniciativa que 'a forma republicana de governo', consagrada na alínea b) do artigo 288.º da Lei Fundamental, seja substituída pela expressão 'a forma democrática de governo'"
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Notas de rodapé em Gaza

Acabei de ler o mais recente trabalho de Joe Sacco, "Footnotes in Gaza"...





Para quem não conhece, Joe Sacco é um autor de banda desenhada que faz jornalismo, ou, se quisermos, é um jornalista que faz banda desenhada. Sacco regressou à Palestina, desta vez para investigar o massacre perpretado pelas forças armadas israelitas a 12 de Novembro de 1956, na zona sul da Faixa de Gaza, em Khan Younis e Rafah.



Uma "nota de rodapé" na história do conflito, mas sobre a qual o autor se esforçou por entrevistar sobreviventes e cruzou versões das suas histórias à procura da melhor aproximação à verdade possível. Ir ao fundo deste massacre é conhecer a origem do ódio que está nos corações dos palestinianos. No conflito Irael-Palestina é difícil tomar posições de um lado ou outro. Contudo, Sacco escolheu beneficiar as versões do lado palestiniano, pois, como diz: "Toda a minha vida ouvi o lado israelita". Ainda bem, digo eu...

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