20090304

As ligações perigosas de Dias Loureiro

"Instado por Nuno Melo, do PP, a comentar a ligação de El-Assir ao grupo BPN, Francisco Sanches disse que este relacionamento surgiu por 'indicação' de Dias Loureiro, amigo do empresário libanês, razão pela qual desconhece detalhes sobre as operações, que acompanhou 'muito à distancia'. El-Assir esteve ligado, como vendedor, ao negócio de Porto Rico, e que resultou num prejuízo para o BPN de 38 milhões de euros".

Este tipo de notícias só não me surpreende - e digo isto com tristeza - porque há uns anos li este livro publicado em Espanha...



A obra data de 2004 e aborda a figura de Alejandro Agag, antigo genro de José Maria Aznar, e dos seus amigos... Entre os quais está Dias Loureiro e o "traficante de armas" libanês chamado Abdul Rahman Al-Asir, que, suponho, apesar da diferente grafia em português, deverá ser a mesma pessoa do negócio desastroso em Porto Rico...

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2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

É engraçado como ninguem se atreve a comentar. Mas é alguma novidade assim tão transcendente esta ligação?
Existe, ha muitos muitos anos..

Comem todos à mesma mesa,
utilizam os mesmos apartamentos para as suas diversões extra,
por favor.. O que nos falta por cá é o jornalismo espanhol, que não tem problemas em mostrar a realidade, com quem se dão, onde comem, com quem, onde dormem e com quem..

Somos tão maus quanto eles, simplesmente porque não revelamos a verdade, damos pistas.. pequenas pistas. Que tristeza.

Armas, diamantes.. Não é ficção, é e sempre foi uma realidade.

O loureiro, o coelho, tantos e tantos.. Heranças que chegam e vão para o paraiso, e nunca nenhum chega a ir para o inferno que merece.

05 março, 2009  
Anonymous Anónimo disse...

O Agag AINDA continua a ser genro de Aznar... a filha deste ainda está casada com aquele.
Admirada, quase escandalizada, fiquei eu e porventura muita boa gente, quando li que o filho de Ferro Rodrigues, por sua vez já divorciado da filha d'alguém do círculo certamente, ia casar com a filha de Dias Loureiro... Para ser franca achei inacreditável tal união ir realizar-se, sobretudo pelo prestígio político que na altura este último detinha junto dos portugueses, que nada sabiam das suas brutas negociatas (ou burlas) paralelas e por outro lado pelos envolvimentos no mínimo repugnantes, de que o seu futuro compadre era acusado com provas fidedignas (eis porque D.L. não quis falar sobre a ligação F.R./Casa Pia, desvalorizando-a acto contínuo - o que achei deveras peculiar, no mínimo...- quando há cerca de dois anos um jornalista de uma televisão o interrogou justamente sobre esta matéria..., pois pudera!). A minha estupefacção ainda perdurou uns anos, precisamente até rebentar o escândalo BPN. Perante os últimos acontecimentos afinal tudo bate certíssimo, dando para perceber, até bem demais, os porquês do casamento dos filhos de ambos. Pelo visto os compadrios já vinham de muito longe. Chegando ao ponto, lógico sem dúvida, destes dois figurões (e mais alguns amigalhaços de longa data... Durão, Berlusconi, etc.) terem sido convidados para o casamento da filha d'Aznar com Agag. Ademais só era natural que tal tivesse acontecido, Dias Loureiro sempre era (é?) 'chefe' de Agag no por fim saído da penumbra "centro especializado no assalto aos milhões dos depositantes, receptação e desvio de biliões para contas secretas em paraísos fiscais, branqueamento de capitais, tráfico d'influências e burla agravada" disfarçado de Banco sério, com insígnias chamativas na fachada a atestá-lo e a rematar com chave d'ouro, nula supervisão do Banco de Portugal (prerrogativa indispensável que decisivamente fará parte dos seus estatutos tendo em vista o modo como era administrado e por quem e que diga-se de passagem era em tudo semelhante à forma e gente que 'administra' o país desde há décadas) para que o marfim pudesse correr. E correu. Tudo isto feito a mando e supervisão (aqui sim) rigorosa de criminosos-democratas tidos por políticos acima de qualquer suspeita. Perfeitos Ladrões de Casaca cuja roupagem à la Armani (propositada, para lhes emprestar um certo ar de seriedade, algum prestígio e a indispensável elgância no trato) somada a uma pretensa honestidade profissional baseada nos 'impressionantes currículos' de todos eles, adequava-se maravilhosamente ao desempenho.
E, postas todas as traficâncias a descoberto, também como é norma no mundo dos políticos-burlões d'alta linhagem, ninguém foi preso com a excepção de um. Mas esse foi tão sómente para dar um ar de decência à coisa. Coisa esta a que ousam chamar democracia. Democracia que é o mais requintado regime na arte d'enganar e roubar descaradamente o povo. Povo induzido, por artes de prestidigitação política só ao alcance de vigaristas d'alto calibre, a passar carta branca aos políticos os quais, através de pseudo-eleições miseràvelmente manipuladas, se autorizam legalmente a roubar, traficar, assassinar, assaltar, burlar e destruir o país. Mas tudo feito 'democràticamente', claro está, com o estrito 'conhecimento' do povo e sua 'aprovação' tácita.

O que estes espécimes do mais fino recorte mafioso e sem pingo de vergonha nos focinhos, há décadas a esticar a corda da paciência dos portugueses até ao limite do humanamente suportável, não imaginam ser possível suceder-lhes, nem sequer em sonhos, é bem capaz de vir mesmo a acontecer-lhes mal se precatem.
Mas, como em tudo na vida, também aqui será Deus a ter a
última palavra.
Maria

06 março, 2009  

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