20080430

Provas contra os McCann podem ter sido plantadas...



"Mulher Moderna" Nº1001


VIP Nº563

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20080429

As outras prendas do Pai Natal do "Tal&Qual"









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Pequeno esclarecimento e singelo contributo para a História da grande Literatura em Portugal...

Estava a ler a entrevista de Carlos Vaz Marques ao escritor António Lobo Antunes na retornada revista "Ler"...



... quando tive de parar neste diálogo sobre a rivalidade entre o entrevistado e o Nobel da Literatura, José Saramago...



A afirmação de que houve um livro de Lobo Antunes atirado ao chão por José Saramago - acto do qual Lobo Antunes garante ter visto registo fotográfico - creio que só poderá dizer respeito a um trabalho que fiz - juntamente com a Carla Pernes e o António Nascimento -, em 1998, no entretanto extinto semanário "Tal&Qual" (que espera também pelo dia em que "retornará").
No Natal daquele ano, vesti-me de Pai Natal e fui oferecer prendas a algumas personalidades públicas. Eram prendas obviamente provocantes, muito ao estilo da filosofia do jornal. Assim, por exemplo, demos um livro de discursos de Mário Soares ao Presidente Jorge Sampaio - que nos agradeceu tendo enviado um livro devidamente autografado com discursos seus para a nossa redacção... -, demos uma foto de Pinto da Costa ao então presidente do Benfica, Vale e Azevedo, uma tampa de sanita para o ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, e sapatos de salto alto para a ministra da Saúde, Maria de Belém.



Na parte final da reportagem, soubemos que José Saramago, acabado de regressar de Estocolmo onde fora receber o Nobel da Literatura, estava num hotel de Lisboa perto da nossa redacção, então situada no Marquês de Pombal. Decidimos oferecer-lhe um livro de António Lobo Antunes. Na livraria Buchholz, nessa tarde, escolhi o "Livro de Crónicas", editado um mês antes. Vesti-me de Pai Natal e fui com o repórter fotográfico, o José Carlos Pratas, para o hotel.
Nunca soube a razão da zanga entre ambos e pensava até que seria algo exagerada. Acreditava, ingenuamente, que a minha prenda iria ser recebida com algum desportivismo, como aliás todas as outras que oferecera - até à altura, apenas o então primeiro-ministro António Guterres se recusara a receber e abrir a sua prenda, mas isso é uma outra história que um dia também vai ser explicada...
Saramago apareceu no lobby do hotel e fiz a rábula: "Olá, sou o Pai Natal do 'Tal&Qual' e tenho aqui uma prenda que espero que não leve a mal".
O escritor parecia um menino quando lhe passei o embrulho para as mãos. Os olhos brilhavam e perguntava à medida que rasgava o papel à minha frente com um sorriso: "Ah, mas o que será?". Naquele momento, por uns segundos, fiquei suspenso a aguardar a reacção. Assim que topou o nome do escritor rival bem visível e impresso com letras encarnadas, os olhos do Nobel da Literatura fulminaram-me. Fiquei sem reacção, apenas de boca aberta e só consegui estender a mão para receber de volta o livro. Saramago ainda me disse: "Tome, não aceito e considero isto uma provocação"...



José Saramago não atirou nenhum livro de António Lobo Antunes para o chão. Pelo menos do ponto de vista literal do termo. Do ponto de vista literário, o nosso título acabou por ser um jogo de palavras com o nome do livro do Nobel, "Levantado do Chão"*. Contudo, o acto em si foi pior do que atirar o livro de Lobo Antunes para o chão, conforme demonstra a sequência do que se passou, sagazmente captada pela lente do Pratas. Saramago foi de uma frieza tal que nunca consegui compreender.
Aqui fica o esclarecimento sobre algo que acredito ser o que Lobo Antunes referiu na entrevista à "Ler". Espero assim que, um dia, daqui a muitos anos, quando alguém se debruçar sobre o assunto e recolher aquela afirmação de Lobo Antunes e procure verificar a situação, encontre aqui a explicação. Para que a afirmação de Lobo Antunes não seja descontextualizada e se transforme em mais uma certeza errada.
Quanto ao "Livro de Crónicas" que José Saramago me deu para a mão, está aqui, em minha casa, bem guardadinho, lido e relido...



*"Portanto, o livro chama-se Levantado do Chão porque, no fundo, levantam-se os homens do chão, levantam-se as searas, é no chão que semeamos, é nos chão que nascem as árvores e até do chão se pode levantar um livro". (Palavra de José Saramago)

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20080427

Lembram-se da Lio?

Vendeu milhares de discos quando começou a cantar aos 17 anos, em 1980...



Liderou o combate contra as loiras quando denunciou que "Les brunes comptent pas pour des prunes"...



... ou quando apanhava os homens na cama com uma loira...



Continua na mesma...



Enfim, a portuguesa ,Wanda Ribeiro de Vasconcelos, nascida em Mangualde, em 1962, foi mais uma das coisas boas que a ditadura salazarista nos fez perder...

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Também canto América

Hillary Clinton quer debater com Barack Obama, mas num debate sem moderadores. Obviamente, Hillary Clinton não viu o filme "The Great Debaters", realizado por Denzel Washington, com Forest Whitaker e produzido por Oprah Winfrey.



O filme conta a história do grupo de debate composto por estudantes negros do Texas que, liderados pelo professor Melvin Tolson, ganhou debates contra estudantes brancos, em 1935.
Por isso, boa sorte para Hillary Clinton, sobretudo se Barack Obama lembrar-se de citar o poema de Langston Hughes, "I, Too, Sing America":

I, too, sing America.
I am the darker brother.
They send me to eat in the kitchen
When company comes,
But I laugh,
And eat well,
And grow strong.
Tomorrow,
I'll be at the table
When company comes.
Nobody'll dare
Say to me,
"Eat in the kitchen,"
Then.
Besides,
They'll see how beautiful I am
And be ashamed--
I, too, am America.

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20080426

Portugal visto desde Inglaterra...

Um artigo sobre o caso McCann, publicado no jornal britânico "Mail on Sunday", no passado dia 20, o autor, David Rose, recorda Rachel Charles, uma menina inglesa de nove anos, morta em 1990, no Algarve...



O caso levou depois à condenação de um cidadão britânico, Michael Cook, mas houve acusações de tortura por parte da polícia portuguesa:

"It is claimed that Cook was hung from an upstairs window by his feet, that his feet were beaten until he could not stand, that he was tied to a chair and beaten, that he was deprived of sleep and that a revolver was forced into his mouth and the trigger pulled in a mock execution".

Este caso, recorde-se, provocou uma série de perguntas no Parlamento Britânico, em 1992.

David Rose abordou ainda o caso Joana e, mais uma vez, escreveu sobre a tortura:

"They threw her to the ground, kicked her and hit her with a cardboard tube. They put a plastic bag over her head, made her kneel on glass ashtrays . .. The accused believed that by causing her intense suffering, they would force her to tell them how she killed her child and where she put the body".

Tudo para concluir que Kate McCann, afinal, até chorava no início do caso...

"According to the Portuguese Press, one factor that influenced his desire to make the McCanns arguidos was Kate's supposedly 'cold' demeanour in dealing with police and on television. In fact, as the photo published on Section 2's Page 1 today makes clear, the first known image taken of Kate on the morning after Madeleine's disappearance, she was distraught".



Mas, já agora, quem é o jornalista David Rose?

"One of the things that made me uneasy about my lunches with MI5 and MI6, which usually took place at very expensive restaurants, is that, in a reversal of usual journalistic practice, the agency men insisted on paying, often with wads of cash, presumably to protect their 'cover'"...

Ok.

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O jornalista editor

O jornalista Rui Costa Pinto lançou a sua editora: Rui Costa Pinto Edições. Vai ter livros em papel, mas a novidade está também nos e-books. Para além da versão em inglês do "Maddie 129", tem lá outros títulos muito interessantes...
Aliás, ò Rui, já agora sugiro aqui mais uns títulozinhos para a colecção:

"Grupo Bilderberg - Como eles escolhem os nossos líderes"

"2004 - A Odisseia de um Golpe de Estado em Portugal"

"O Amigo Americano - A história de um maoísta estudante de Direito que chegou a Presidente da Comissão Europeia"

"O Tratado da Praia da Luz - Como o desaparecimento de uma menina de três anos no Algarve condicionou o primeiro-ministro britânico a assinar o Tratado de Lisboa"

"Casa Pia - O caso que deixou de ser"

"O Amor e o Poder - O papel das mulheres por detrás dos políticos em Democracia - 1974-2008: Manuela Eanes, Maria Barroso, Snu Abecassis, Maria Cavaco Silva, Margarida Sousa Uva e Fernanda Câncio"

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País de Doutores e Engenheiros

O presidente Cavaco Silva, que já foi primeiro-ministro de Portugal durante 10 anos (1985 a 1995) queixou-se: "'Metade dos jovens entre os 15 e os 19 anos e um terço dos jovens entre os 18 e os 29 anos não foi capaz de responder correctamente a uma única das três perguntas colocadas', sublinhou. Cavaco referiu que este estudo perguntou a estes jovens 'qual o número de Estados da União Europeia, quem o primeiro presidente eleito após o 25 de Abril e se o PS detinha ou não a maioria absoluta no parlamento'.
Eu disse, há quatro anos, e citado pela Agência Lusa: "O autor de 'Abril Sangrento' também não poupa a classe jornalística, 'que está muito desunida, o que só facilita as manobras do patronato', e critica ainda os jornalistas mais jovens, que pouco conhecem do passado e 'não sabem o que foi a revolução'".
E, um ano antes, em 2003, expliquei que o culto da ignorância já vinha de longe, uma vez que eu próprio o detectara em 1994, quando fui autor das perguntas de cultura geral para o programa "Doutores&Engenheiros", onde os estudantes universitários da altura - hoje na casa dos 30 anos - não sabiam responder a questões ditas básicas do mundo em que vivem: "Assim, para mim e para os meus amigos, o rio que banhava Londres ficou para sempre conhecido como o Tâmega e, salvo erro, a capital da Argentina, era o Peru. Mas, o pior foram as perguntas que ficaram sem resposta. Recordo aqui uma muito particular: 'Quem é o autor do livro 'Crime e Castigo'?'. Não sabiam. Silêncio profundo".
E nunca precisei de encomendar estudos...

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20080423

Informação aos leitores ---- Autógrafos e debate ------

Vai haver uma sessão de autógrafos do livro "O Enigma da Praia da Luz", no próximo sábado dia 26, a partir das 16h00 na livraria Bulhosa no Centro Comercial Parque, em Linda-A-Velha.


No dia 3 de Maio, às 21h30, estarei num debate juntamente com o Paulo Pereira Cristóvão na Biblioteca Municipal de Portimão...

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20080422

Devidas diferenças

20080419

Atento e vigilante...

20080418

O DN hoje informa que...



É bom saber que estão atentos a Bilderberg.

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20080417

Agitar e servir... Quem sucederá a Menezes?

Ou Menezes sucede a Menezes.
Ou Passos Coelho dá o passo em grande.
Ou Manuela Ferreira Leite será o D. Sebastião no feminino.
Ou António Borges consegue ser eleito pelas bases.
Ou Rui Rio deixa o Porto.
Ou Santana Lopes regressa.
Ou Marcelo Rebelo de Sousa parte dois.
Mas, por favor, José Pedro Aguiar-Branco, é o homem de Bilderberg, aliás, pré-anunciado há meses pelo patrão dos jornalistas e membro nº 1 do partido em causa. Será mesmo ele?

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E se ela aparecesse a 12 de Maio?

Na senda das imagens já divulgadas aqui, temos mais esta...

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20080416

O fim do Boavista?

"Só acredito numa coisa: na comunicação social. Espero que vocês me ajudem a desmascarar quem fez mal ao Boavista", desabafou hoje o presidente do Boavista, Joaquim Teixeira.
O Boavista é o meu clube.
Podia ter sido outro, mas tenho aquela ligação afectiva dos primeiros anos de vida de quando ia ver os jogos ao Bessa levado pela mão do meu pai. Ainda hoje sinto o cheiro da relva daquele campo, à inglesa, que nos deixava em cima dos jogadores a ponto de ouvir ainda hoje o som do bater da chuteira do Casaca ao passar a bola para o Coelho marcar golo de cabeça...


(Era ali, atrás daquela rede, que eu via o jogo. É ali que ainda estou quando vejo na televisão os jogos do Bessa)

Aquele é o clube das "camisolas esquisitas", dos resistentes da cidade do Porto conhecedores das manhas que o clube com o nome da cidade usa para ter lugar captivo à frente dos campeonatos, enquanto o clube do bairro lutava na Europa de igual para igual, mas sempre com a secreta esperança de um dia poder vir a ser Campeão Nacional - como o foi. E eu estava nesse dia em Paris e festejei o título nos Campos Elíseos...
Foi um dos clubes do Vítor Baptista - o meu primeiro livro seria sobre ele, embora nunca o tenha visto a jogar, mas cuja história ouvira pela primeira vez, no caminho de pedras, rumo ao Estádio do Bessa, quando o nó de Francos era ainda um descampado. Foi o clube onde estive quase para jogar quando fui fazer testes para os juniores no campo da Pasteleira no mesmo dia em que os jornais faziam as contas a quanto dinheiro o Futre iria ganhar no Atlético de Madrid mesmo a dormir. Era já o início dos sonhos milionários dos jogadores de futebol. Mas, a minha mãe disse-me que, como o guarda-redes do Boavista, o Matos, era médico, por isso, eu tinha de continuar a estudar. Nunca mais perdoei o Matos, mas pedi-lhe um autógrafo quando o encontrei na loja da Constituição onde ele fora levantar os panfletos publicitários da Puma.
E ainda havia os saltos mortais que o Folha dava cada vez que marcava um golo...



Foi o clube daquele golo extraordinário marcado do meio do campo pelo Marlon Brandão - que nome também mais extrordinário! - contra os italianos do Inter de Milão. É o clube do João Vieira Pinto, Alfedo, William, Isaías, Nuno Gomes, Timofte, Sanchéz, Frederico (não eu, mas o Rosa), Petit, Jimmy, Alves (o luvas pretas), Bosingwa, Litos, Mamadú Bobó Djaló (outro nome extraordinário!), Pedro Barney, Frechaut, Pedro Emanuel, Ricardo, Ricky, Latapy e outros e outros...
Se o Boavista acabar, eu sei que os culpados não foram os jogadores...

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20080415

O segredo dos segredos norte-americanos sobre a nossa Revolução

Comprei este livro do jornalista e blogger Nuno Simas...



Tem lá detalhes inéditos, de documentos que ele recolheu junto da biblioteca Gerald Ford. Há um ano, graças a outros documentos que também surgem no livro, fiz este artigo para a Focus...





Podem encontrar aqui os originais dos arquivos norte-americanos.
O Nuno Simas, contudo, começa o livro com a defesa da versão oficial de que os EUA estavam a "leste" em relação ao golpe que preparava para o dia 25 de Abril de 1974 e, mais à frente, cita Henry Kissinger a queixar-se de que os EUA não tinham de andar a prever golpes pelo mundo fora. Dito assim, parece mesmo que nada se sabia...



Só que, em 2003, no livro "Eu Sei Que Você Sabe", apontei algumas evidências factuais que nos permitem pensar em sentido contrário. E isso começava com esta notícia do "Diário de Notícias" do dia 7 de Abril de 1974...



Entenda-se que o embaixador norte-americano, Stuart Nash Scott, era uma pessoa inexperiente quanto à diplomacia de Portugal, pois chegara em Janeiro de 1974 e não conhecia muita gente em Lisboa. É dito que veio para cá apenas para gozar o sol porque Lisboa era um poiso onde nada se passava - excepto, é claro o conflito de Israel, em Outubro de 1973, que obrigara a uma acesa troca de telegramas diplomáticos entre Washington e Lisboa por causa do uso da base das Lajes nas missões norte-americanas de apoio ao governo de Telavive. Coisa pouca... Quem geria a embaixada norte-americana em Lisboa era um senhor chamado Richard Post, o número 2 e que substituira o anterior embaixador durante um ano. Richard Post, antes de vir para Lisboa, servira em Angola, onde conheceu muitos militares que viriam a subir ao poder depois do golpe.
Conforme me explicou um outro militar de Abril - Otelo Saraiva de Carvalho - qualquer golpe de Estado, para ter sucesso, tem de ocorrer numa terça-feira, quarta-feira ou quinta-feira... Porquê? Para haver tropas... Não se pode fazer uma revolução ao fim-de-semana ou nos dias mais próximos. O golpe das Caldas da Rainha, a 16 de Março de 1974, falhara porque acontecera de sexta-feira para sábado... Já o 25 de Abril de 1974 teve lugar numa quarta-feira para quinta-feira, uma das duas datas ideais para garantir o sucesso.
Um adido militar na embaixada norte-americana em Lisboa que estivesse em contacto com Washington e soubesse que algo se iria passar, mas desconhecesse a data concreta, saberia, contudo, que um golpe teria de ocorrer num daqueles três dias da semana.
Diz-nos a história, a PIDE sabia que se preparava algo em grande para o dia 1 de Maio de 1974, dia do Trabalhador, uma quarta-feira. Se tinha de haver um golpe de Estado em Portugal feito por tropas militares com uma linha de orientação próxima da NATO - ou seja, distante dos movimentos de esquerda que se previam formar no 1 de Maio "sangrento" - esse golpe teria de ter lugar na terça, quarta ou quinta-feira antes de 1 de Maio... Ou seja, nos dias 23, 24 ou 25 de Abril (26 seria sexta, 27 e 28 o fim-de-semana, segunda seria 29 e, terça-feira, dia 30 era um dia demasiado próxima do 1 de Maio).
Afastar o embaixador dos EUA de Lisboa nos dias 23, 24 e 25 de Abril era imperioso para garantir o sucesso do golpe, já que os EUA não podiam intervir ou correr o risco de serem considerados suspeitos de preparar ou apoiar os golpistas (se os EUA tivessem de intervir a 25 de Abril teriam de o fazer a favor de Marcello Caetano, uma vez que era ele o governante de um país membro da NATO e não convinha nada dar a entender que os EUA apoiaram golpes militares e mudança de regime dentro da esfera de influência NATO. Afinal, isto não era a Checoslováquia em 1968).
E assim aconteceu... E ainda hoje se defende que os EUA nada sabiam do que se iria passar.
Tenho pena que o Nuno Simas tenha embarcado pelo aspecto mais fácil que foi o de optar por esquecer aquela pequena notícia de 7 de Abril e as ponta soltas que a mesma comporta. Preferiu o lado mais simples para registar a História...
No meio disto tudo, desconheço ainda se o Nuno Simas viu o telegrama que o cônsul norte-americano em Luanda, Briggs, mandou para Washington a 7 de Janeiro de 1974 onde diz que um bem relacionado militar de baixa patente (seria um capitão?) o informou de que o golpe de extrema-direita de Kaúlza de Arriaga é algo "exagerado" em relação ao que se "estava realmente a preparar" - "what actually is afoot"... e o que se estava a preparar? o 25 de Abril de 1974, é claro...



Se não acredita e que ver o original, vá aqui.

Outro detalhe que mencionei há uns tempos é o artigo do diário norte-americano "Washington Post", datado de 8 de Abril de 1974 - ou seja, o dia seguinte à publicação da notícia de que o embaixador dos EUA iria estar ausente de Lisboa no dia do golpe que se avizinhava -, onde se dá conta de que os homens de negócios em Portugal dão luz verde a uma mudança de regime no país desde que tal seja levada a cabo por Spínola...
Enfim, o que vale é que estou também a preparar uma continuação do "Eu Sei Que Você Sabe" - interrompida devido ao facto de ter escrito "O Enigma da Praia da Luz" - mas em breve direi aquilo que continuam a não querer dizer-vos.

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Os crimes ingleses de Clarence Mitchell

Carlos Anjos, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), diz que o porta-voz dos McCann, Clarence Mitchell, ex-jornalista da BBC, "é mentiroso e maquiavélico".



Caso Carlos Anjos não saiba - assim como provavelmente muitos outros portugueses -, não estamos perante um qualquer "novato" em relação a casos criminais com grande impacto público. Clarence Mitchell não pode ser visto como um simples funcionário do governo britânico, agora ao serviço de um milionário generoso que apoia a família McCann a título gracioso e desinteressado.
Nada disso. De acordo com este perfil constata-se que estamos perante alguém que sempre esteve habituado a cobrir grandes casos.
Um deles foram os crimes de Fred West, conhecidos em Inglaterra como o caso da "Casa dos Horrores", quando o casal Fred e Rosemary West torturou, violou e assassinou 12 raparigas que depois foram enterradas na cave da casa dos West em Gloucester...
Outro caso que Clarence Mitchell seguiu de perto foi o desaparecimento de Danielle Jones, que terminou com a condenação do tio da menina apesar de nunca ter sido encontrado o corpo da vítima...
Este jornalista também andou no trilho do desaparecimento de Amanda Dowler. Este caso, ao contrário do anterior, nunca teve um culpado, apesar do corpo ter aparecido...
Sem esquecer ainda o caso de Holly Wells e Jessica Chapman, onde o culpado acabou por ser o funcionário da escola onde elas estudavam...
Outro crime que Clarence Mitchell cobriu foi a morte da jornalista Jill Dando, um caso estranho onde o indivíduo que acabou por ser condenado, Barry George, nunca admitiu a culpa...

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20080414

A caminho de Bilderberg 2008...

A reunião do grupo Bilderberg para 2008 está à porta, devendo ter lugar daqui a um mês e meio... Por tradição, a data da reunião-magna dos mais poderosos empresários do mundo e dos políticos que eles "elegem" para nos governar, costuma acontecer na última semana de Maio. Até lá, veja-se o exemplo de um "braço armado" deste grupo de influência suprademocrático designado de "Friends of Europe"...
Portugal, que se acredita poder vir a ser um dos locais onde decorrerá a reunião deste ano do grupo Bilderberg, está bem representado entre os "Amigos da Europa" por um ex-ministro socialista, ex-comissário europeu, actualmente advogado e comentador pago na televisão do Estado...

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20080413

Apresentação do "O Porto do Cálice"

O meu antigo director na "Focus", Frederico Valarinho, apresentou o seu livro "O Porto do Cálice".



Isto de ambos termos o primeiro nome ainda vai ter de ser explicado um dia, uma vez que o Frederico é também um estudioso de mistérios e, sobretudo, da ideia de que o Santo Graal é "portugrês"...




Por outro lado, vê-se que o "outro" Frederico beneficia de uma maior organização em seu torno que consegue, por exemplo, produzir um cartaz promocional que está ao alcance de poucos...



O Fred trouxe este importante livro à luz do dia sem o apoio das editoras - houve uma que recusou com o argumento de que não se pode discutir os cavaleiros templários à volta de um bacalhau de fricassé... Por isso, não o vão encontrar nas livrarias mais próximas, mas, sem a necessidade de sairem de casa, podem encomendá-lo através do Lulu.com.
Aproveitem!

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20080411

Agora é que eles nos dizem...

20080409

Quem tem Asa, voa...

Chama-se Asa (pronuncia-se Asha) vai estar no Santiago Alquimista a 22 deste mês... Boa ideia...



There is fire on the mountain,
and nobody seems to be on the run.
Oh there is fire on the mountain top,
and no one is'ah running.

I wake up in the morning...
tell you what I see on my TV screen :
I see the blood of an innocent child,
and everybody's watching.

Now, I'm looking out of my window,
and what do I see ?
I see an army of soldiers that're
marching across the street, heh...

Hey Mr soldier man Tomorrow is the day you go to war But you are fighting for another man’s cause And you don’t even know him

What did they say to make you so blind,
to your conscience and reason ?
Could it be love for your country,
or for the gun you use in killing ? So...

There is fire on the mountain,
and nobody seems to be on the run.
Oh there is fire on the mountain top,
and no one is'ah running.

Heh, Mister Loverman !
Can I get a chance to talk to you ?
'cause you are fooling with a dead man's corpse,
and you don't know what you do. Oh... So you say you have a lover And you love her like know other So you buy her a diamond That someone has died on Don’t you think there something wrong/with this Tell me who’s responsible For what we teach our children Is it the internet ? Or the stars on television Why o why o

So little Lucy turns sixteen,
and like the movie she's been seeing,
she has a lover in her daddy.
She can't tell nobody...
'till she makes the evening news.

For there is fire on the mountain,
and nobody seems to be on the run.
Oh there is fire on the mountain top,
and no one is'ah running. Oh yes.

One day the river will overflow,
and there'll be nowhere for us to go ;
and we will run, run...
wishing we had put out the fire, oh no...

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20080408

Missão comprida

De facto, é altura de acabar com isto do inquérito à Princesa Diana. Quem desconfia que houve marosca da grossa, sabe também que nunca se vai descobrir a verdade (pelo menos num breve prazo) e o caso de Paris passa assim para a longa lista das chamadas "Teorias da Conspiração", como a morte de ambos Kennedy (a 4 de Junho, recorde-se, fará 40 anos que foi assassinado Robert Kennedy...) Camarate e o 11 de Setembro. Quando "Mr Al Fayed came under pressure to give up the fight, as the Prime Minister joined the chorus of those saying it is time to move on from the tragedy", está visto que é mesmo altura de parar...
Aqueles que ficam convencidos de que a coisa foi acidente, sempre podem aliviar a consciência com "Ten conspiracy theories more ridiculous than the Diana 'plot'".

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20080407

Algumas considerações que poucos sabem sobre a minha ligação com o caso da morte da Princesa Diana

Chegou ao fim o inquérito à morte da Princesa Diana e, embora Al Fayed prometa não deixar cair o assunto, decidiu-se que foi acidente. Nada surpreendente, pois jamais veríamos os serviços secretos ingleses admitir o quer que fosse. Chegou, portanto, a altura de revelar alguns dados sobre o caso que me fazem ter uma opinião suspeita sobre a decisão final.
É público que dei abrigo durante alguns meses e segui de perto a vida daquela que foi até hoje a única pessoa no mundo a ter cumprido pena de prisão por causa do caso, Oswald Le Winter.
Fui entrevistá-lo na prisão austríaca onde cumpria pena por ter tentado vender supostos documentos falsos ao milionário egípcio e que provariam o envolvimento da CIA nos acontecimentos de Paris. Isso foi em Outubro de 2000 e, mais tarde - entre Janeiro e Fevereiro de 2001 - Le Winter esteve a viver no meu apartamento de Lisboa. Depois, mudou-se para um outro local onde viveu até Agosto de 2003 e que, por acaso, devido a razões burocráticas, até estava alugado em meu nome.
Em Outubro de 2001, segundo me garantiram na altura, John MacNamara, chefe de segurança do Harrods, esteve à porta do meu prédio à procura de Le Winter. Sem sucesso, uma vez que ele já estava a residir na outra morada. Não vi o homem forte de Al Fayed, pois nesse dia eu estava fora de Lisboa, mas tive a oportunidade de ler mais tarde um processo judicial que correu num tribunal de Los Angeles. Era a queixa de Al Fayed contra os cúmplices norte-americanos de Le Winter, afinal, as pessoas que estariam na origem dos documentos de que o meu "inquilino" fora mero portador aquando a detenção em Viena, em Abril de 1998. Há quase exactos dez anos...



Podem confirmar aqui como John MacNamara declara ter vindo até Lisboa bater à porta de minha casa (o endereço está a negro, assim como a indicação da cor da casa, visto que foi tirada uma foto à fachada e pretendo preservar a minha privacidade)...



O encontro entre o então chefe de segurança do Harrods e Le Winter teve lugar depois no Ritz de Lisboa, onde lhe foi entregue a intimidação do tribunal da Califórnia - o local onde teve início a "aventura" austríaca de Le Winter.
Ao ver hoje o mesmo John MacNamara à porta do tribunal de Londres juntamente com os porta-vozes de Al Fayed, lembrei-me que há certos detalhes da morte da Princesa Diana e do caso Le Winter que nunca chegaram ao público. Mas, eu conheço-os e digo-vos que davam um belo livro. De ficção, é claro!


(MacNamara é o da esquerda...)

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Prontos, já percebemos...

Yubby dibby dibby dibby dibby dibby dibby dum...

Jorge Coelho mudou de vida por "não ser rico e precisar de ganhar a vida". Todos nós, que nunca fomos ministros, mas que também não somos ricos, só nos resta continuar a trabalhar de forma honesta até chegar o dia em que igualmente teremos uma pequena fortuna, não é verdade?

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Afirma a BBC

Não entendo a confusão à volta do caso Madeleine McCann. Afinal, a cronologia é bem explícita, já que está visto que a menina desapareceu às 21.15, afinal a mesma hora em que a testemunha Jane Tanner afirma ter visto um homem com uma criança ao colo. Basta saber o que nos diz a BBC.

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20080406

Se é "Bloody Awful", então "Take Another Plane"

Para quem quiser descobrir o que, na realidade, significam as iniciais das companhias aéreas pode ir ver neste fórum.
Alguns exemplos:

BA (British Airways) - Bloody Awful
TAP - Take Another Plane
VIRGIN - Viagra is recommended, great in Nigeria
BRITANNIA - Brought Right in Time, Another Naff Night in Alicante
Easyjet - SleazyJet
KLM: Komische Landings Methoden (Comical Landing Methods)

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20080404

A verdadeira ignorância está demonstrada

Dizem-nos que se chama Paul Ekman, é professor de Psicologia do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Califórnia. Segundo o diário "Público" (3/4/08), será ele "um dos cem psicólogos mais influentes do século XX". Foi entrevistado há dias aquando uma passagem sua pelo Porto e sabe-se ainda que se especializou na "análise das expressões faciais", pelo que é tido como "a maior referência mundial na detecção de mentiras, segundo uma técnica que ficou consagrada numa ferramenta chamada Micro Expression Training Tool". Tem 75 anos e ainda é consultor do FBI e da Scotland Yard.
A dada altura da entrevista há este diálogo:

" - E quanto a George Bush?
- Vou abrir uma excepção porque ele não é candidato. Eu acredito que ele acredita no que diz.
- Mesmo na questão do armamento nuclear e de Saddam Hussein?
- Acredito que ele acreditava que isso era verdade. E que lhe foram dadas informações incorrectas. O que acho é que ele quis acreditar que isso era verdade. Num livro de um jornalista norte-americano, conta-se que Bush disse ao chefe da CIA, George Tennant, que as provas não eram suficientes e que os americanos iam pensar que andavam à procura de pretextos para a guerra. E Tennant respondeu-lhe que estavam absolutamente seguros do que estavam a dizer. Nós sabemos hoje que Tennant estava a mentir a Bush, porque a CIA não tinha visto as armas. Mas Bush não sabia. Por isso, não mentiu. E quem eu responsabilizo é Tennant, embora possamos dizer que Bush não queria ouvir a verdade. Muitas pessoas discordam de mim mas é porque odeiam Bush. Eu não apoio George Bush, mas não penso que ele sabia que estava a dizer algo que não era verdade.
- É mais difícil detectar uma mentira num político que sabe que está a mentir?
- Sim. Por três razões. Primeiro porque não se chega a um cargo político importante a não ser que se seja excelente actor. Em segundo, os políticos quase sempre conseguem antecipar as perguntas e ensaiam as respostas. Terceiro: mesmo que estejam a mentir, eles não se sentem culpados por isso. Os políticos, hoje em dia, estão sempre a ser pressionados para assumir compromissos e isso deixa-os numa posição difícil. Hillary e Obama, salvaguardadas as diferenças, dizem que retiram as tropas do Iraque se ganharem as eleições. Mas nenhum deles pode na verdade antecipar o que vai encontrar se chegar ao poder. E isso não vai acontecer antes de Janeiro. Ora, é impossível prever como estará a situação em Janeiro ou se teremos condições de fazer a retirada sem causar um derramamento de sangue ainda maior. Mas os dois acreditam no que estão a dizer".

Para começar, não conheço nenhum ex-chefe da CIA chamado George "Tennant". Conheço um chamado, isso sim, George Tenet que, em 2004, um ano depois da invasão do Iraque recebeu uma medalha do Presidente Bush...



Este mesmo George Tenet (penso ser esse o nome correcto que o diário "Público" queria mencionar) lançou um livro há um ano: "At the Center of the Storm", onde segundo as notícias da época se citava George Tenet a garantir que "nunca houve um debate sério no seio da administração Bush sobre a iminência da ameaça iraquiana" nem "qualquer discussão substancial" sobre a possibilidade de evitar a invasão. Foi também dito há um ano que "George Tenet admite que se enganou ao garantir em 2002 que o líder iraquiano, Saddam Hussein, tinha armas de destruição em massa, mas refere que estava certo ao negar a existência de indícios claros de ligação entre o Iraque e a Al-Qaeda, como pretendiam alguns altos responsáveis da Casa Branca. Ao que acrescento estas outras linhas em inglês: "But he confirms the role of Cheney and other officials in deliberately exaggerating the WMD issue and seizing on it as a pretext for war".
E ainda: "Tenet claims that what was merely a passing comment on his part became turned into a main line of defense for the administration’s decision to go to war. He casts himself as a scapegoat, claiming that the false allegations had injured his 'reputation' and 'personal honor'".
Ora, isto é muito diferente daquilo que o tal especialista entrevistado pelo "Público" deu a entender quando afirmou: "Nós sabemos hoje que Tennant estava a mentir a Bush, porque a CIA não tinha visto as armas. Mas Bush não sabia. Por isso, não mentiu. E quem eu responsabilizo é Tennant, embora possamos dizer que Bush não queria ouvir a verdade. Muitas pessoas discordam de mim mas é porque odeiam Bush. Eu não apoio George Bush, mas não penso que ele sabia que estava a dizer algo que não era verdade".

Depois desta exposição de factos, a conclusão a que chego é a de que nem Tenet mentiu, nem Bush mentiu, nem o "Público" ou o resto da Imprensa mundial mentiu, nem o respeitável doutor norte-americano mentiu.
O que há aqui é a confirmação daquilo que mencionei há dias: Ignorância.
E com isso, milhares de pessoas morreram, morrem ainda e vão continuar a morrer... Boa.

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Olho de lince



Esta foto é meramente para meu registo pessoal. Desculpem, mas fica sem mais comentários.

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A caminho da Lua

Não sei porquê, mas hoje ao ouvir isto na rádio...



... lembrei-me destes "lunáticos"...

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20080403

Focus 442

20080402

Whatever happened to Oswald Le Winter?

O poeta e espião Oswald Le Winter cumpre hoje, 2 de Abril,
77 anos de idade. Conheci-o há sete anos... Foi em Janeiro de 2001 que chegou a Portugal, pouco depois de ter sido libertado da prisão nos arredores de Viena onde cumpria pena devido à tentativa de burla a Mohamed Al Fayed. Viveu no nosso país até Agosto de 2003 e mudou-se para a Alemanha e ficou a residir perto de Frankfurt. Ainda o fui lá visitar, mas depois deixou de dar notícias. Há dias perguntaram-me se não tinha morrido. Respondi que não sabia. Sei, contudo, que a 4 de Outubro do ano passado, estava vivo e em forma, a dizer poesia, como gosta, no Colorado, EUA...
Por isso, Oz, onde quer que estejas, parabéns por mais este dia!

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